Homilia do Padre Vilson Groh (25/10/2020)

 

Estamos dispostos a viver a missão de amar fraternalmente o próximo?

O amor ao próximo é o centro da vida cristã, porque dar e receber amor é onde se baseia a felicidade da vida.

Viemos novamente aqui para ir à fonte do amor, que nos dá a capacidade de viver bem mais esta semana, e ainda nos oferece a comunhão como presente. 

No amor dele queremos entregar nossas faltas, e tudo aquilo que não foi bem esta semana: nos relacionamentos, nos acontecimentos e no distanciamento que deixemos de ser presença viva. 

Queremos acolher a tua misericórdia Senhor, pela graça que nos derrama.

No texto de Mateus, Jesus caminhava em grupo e os fariseus estavam sempre querendo pegar Ele em alguma armadilha. Não queriam ser discípulos, mas afrontá-lo, criticá-lo pelo seu testemunho.

Aí, lhe perguntaram: Jesus qual o maior mandamento?
Jesus respondeu: “adonai eu te amo com todas as minhas forças”. 

E ainda Jesus acrescenta uma frase prática: amar o próximo como a ti mesmo.

Só amamos a Deus se amarmos ao próximo, ai sim, é nisso que consiste ser discípulos dele.
E só chegamos a Ele por meio deste caminho.

E este é o drama da humanidade, aprender que quando ama encontra o significado para viver.
O Papa diz: somos todos irmãos e irmãs, é quem está do meu lado é o ferido, sem nacionalidade, o necessitado.

Construir uma dimensão fraterna na casa comum e não ser indiferente ao outro.
Não percamos as oportunidades porque é presente no outro.
Não nos escapemos das pessoas, das relações, da reciprocidade do abraço.

Como os moradores de rua que a gente vê mas não vê, acolher com um bom dia, um dialogo, olhar quem tem fome e quem está desempregado.

Estar atento as situações e ser presença dele.
O amor é fazer para o outro o que eu quero para mim. 
Sejamos imitadores de Cristo. 

Com sua força amorosa, e na partilha da eucaristia ele se dá todo a nós.

(Por Vânia Dozza Pedrozo)   

Homilia do Padre Vilson Groh (11/10/2020)

 Vamos nos vestir com as vestes da fé e da solidariedade 

Temos uma série de parábolas que Jesus conta para os sacerdotes e para quem tinha dificuldade de se abrir para entender.

Tomemos parte da comunidade de Cristo, nos vestindo com vestes da fé.

Com esperança, neste final de tarde, viemos como grupo para apalpar o mistério como nós somos e dizer estou aberto, me dê a graça, me encoraje, me dê a sua veste, e ele sabe de que precisamos e é necessário dar o salto da fé do recomeço.

Viver é um ato de fé! Viver e agarrar este ato de fé para abrir o coração, ser vigilante para vestir a roupa da semana inteira e viver bem o tempo presente.

Devemos olhar para os lados, ver quem precisa de acolhimento, ter iniciativa para reavivar a luz do outro. 

Vestir a veste da solidariedade. 

Neste domingo é Dia das Crianças e ainda morrem muitas crianças, de fome, de maus tratos, de falta de amor e cuidados.

O Papa diz para construir mundialmente a paz e que ninguém fique fora da mesa da oportunidade.

O ser humano criou um corte e uma insensibilidade de mercado.

Vista-se da veste que te faz ver e escutar o outro, na caminhada do coletivo.

Ele nos chama e nos prepara, e disse traga todos os que encontrarem para a festa, e na entrada receberão uma veste para participar do banquete. 

Mas tinha um que não estava vestido adequadamente para o evento.

É o evento da verdade, porque é ele que nos chama, nos da a graça da dimensão profunda de segui-lo.

A veste é a abertura que muda a mentalidade da miséria identificando com ele para aprender a viver tanto na pobreza, quanto na abundância, Ele provera no sentido do amor. 

Ele quer seus filhos e filhas no entorno da mesa do altar para alimentar da palavra dele, que nutre o caminho com sua veste.

(Por Vânia Dozza Pedrozo)

Homilia do Padre Vilson Groh (22/3/2020)

Pelo sim de Maria, Deus envia seu filho Jesus à humanidade

Quero compartilhar três pensamentos da Festa da Anunciação de Maria, Nossa Senhora.

Primeiro: Deus não se esquece dos pobres, e Deus no evangelho de Lucas, vem através das mulheres.
Ele vem através de duas grandes mulheres, Maria e Isabel.

Segundo: Elas aceitam o projeto, dialogam sobre o projeto e a partir dali se colocam à serviço.

Terceiro: E se colocam à serviço para o caminho da Luz. Serviço à humanidade, a fazer a vontade do Pai.
E para a humanidade Jesus possa ter o caminho da salvação, da vida e da esperança.
Hoje nosso grande centro é a humanidade.

Madre Tereza dizia:

“Tocar em cada ser humano é tocar em toda a humanidade, e quem tem Deus no coração nunca esta sozinho”.

Devemos usar o WhatsApp, dar um sinal de esperança, se aproximar de alguém é sinal de não deixar o outro na solidão.

Quem tem dentro do coração a experiência do amor de Deus, jamais vive em solidão. Por isso, nosso tempo de serviço, com os meios e de comunicação, os projetos que estamos acompanhando, isolados, mas em contato com a humanidade, se faz nesta conexão profunda de tornar de novo a palavra, o verbo, vida de expressão, gestos concretos.

Maria não fugiu dos desafios e nem nós podemos fugir dos desafios.

O sim de Maria é o sim para a Vida.

Que nossos gestos sejam de amor.

Deus nos envia o projeto da anunciação de Maria e acolhe todas as dores difíceis e as esperanças do amor que está nascendo com nossos gestos concretos.

Que Ele se torne presente nesta Eucaristia.

Jesus diz: coragem, sou eu, não tenham medo.

(Por Vânia Dozza Pedrozo)

Homilia Padre Maio (29/2/2020)

Amar a todos sem distinção!

Jesus faz o caminho para Jerusalém e realiza catequese com seus seguidores. O caminho não está concluído, exige de nós a imitação dos gestos de Jesus.

Hoje ele nos convida à Santidade, que passa pelo amor ao próximo.

A vingança, o rancor e o ódio causam o sofrimento,  a morte a desgraça. 

Necessitamos de paz interior.

Somos convidados a amar e a olhar para cada um como irmãos.

Imitar a santidade de Deus  tem boas consequências , exclui a vingança  e trás o olhar de solidariedade e fraternidade.

O ‘próximo’ são todos que se relacionam conosco (na família, no trabalho, na comunidade, na igreja e os amigos).

Amar o próximo como a si mesmo, somos de Cristo e Cristo é de Deus. 

Precisamos fazer o bem, praticar a justiça e a solidariedade. 

A fé sem solidariedade é morta, é sem Jesus.

Precisamos nos compromissar com gestos concretos e reais e praticar a partilha e a justiça social.

Nosso maior instrumento é o amor e a ajuda mútua, o que inclui rezar pelos inimigos, pois rezar pelos amigos é fácil.

Três passos:

- A oração (relação com Deus)

- A esmola (relação com os outros)

- Jejum (relação conosco)

Homilia do Padre Vilson Groh (1º/2/2020)

O cristão deve se movimentar na busca do outro, do novo

“Onde dois ou mais estiverem de coração despojado, eu caminho com eles”.

Vamos nos esvaziar para ele se fazer presença de Espírito entre nós.

Preparando nosso coração, acolhendo a misericórdia, São Paulo nos diz: ‘não devemos nada a ninguém a não ser o nosso amo’.

Nosso Papa fala: ‘as palavras entram em nossos ouvidos e perpassam o coração e depois transbordam em gestos…’.

É na festas das luzes onde ele se torna luz para o mundo.

Devemos nos movimentar, ir em frente.

Como na leitura, José e Maria levam Jesus, de Nazaré para Jerusalém.

Todo o primogênito de sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor. Então Simeão recebeu-os no templo e disse: ‘meus olhos viram a salvação, meus olhos viram a luz’. Isso tem o significado de fazer a saída, ir em frente, se movimentar.

O Papa fala neste movimento de saída, se coloca a caminho, ‘só faz o caminho quem ê movido pelo Espirito Santo’.

Somos capazes de admirar as coisas bonitas da vida nos pequenos gestos e boniteza das coisas.

Não fiquemos na bolha. Não nos acomodemos com as coisas rotineiras. A palavra de Deus em nossas mãos nos coloca na dimensão contemplativa.

Jesus veio e se encarnou com amorosidade, nos gestos que admiramos. É o Espirito que faz a gente admirar e romper com a indiferença.

Quem vive uma vida medíocre não consegue mais admirar.

É preciso ir pescar em águas mais profundas. Não fiquemos na superficialidade, na onda do ódio, da maldade sem significado.

Amar Jesus Cristo é segui-lo. Por isso, que estamos aqui e somos atraídos por Ele nesta Eucaristia. Ele não nos dá mais trégua.

A salvação está nos seus olhos na sua palavra.

E Jesus volta para a Galiléia. Sempre em busca, fazendo o caminho.

Não percamos os olhares nesta semana, começando por nossa casa e admirando os projetos de nossa cidade. Ele é o timoleiro de nossa cidade.

Este texto do Evangelho é belíssimo, devemos ler e reler, ele nos entusiasma.

Temos nas mãos a graça e o tesouro.

(Por Vânia Dozza Pedrozo) 

Homilia de Padre Vilson Groh (26/1/2020)

A palavra de Deus deve entrar pelo ouvido, perpassar o coração e passar pelas mãos

A Liturgia de hoje nos convida a estar sempre perto do Senhor Jesus, ouvindo e meditando continuamente sua Palavra.

Por isso, participemos ativamente de nossa Eucaristia Dominical, na certeza de que também para nós a Palavra de Deus se faz presente e quer chegar aos nossos corações e às nossa vidas.

O Papa Francisco declarou o dia 26 de janeiro como o dia da Palavra de Deus, a palavra deve entrar pelo ouvido, perpassar pelo coração e passar pelas mãos.

Vamos agora pedir perdão pela vezes que não deixemos as palavras agir ou agimos contra nossa palavras.

Queremos acolher a tua misericórdia Senhor!

Hoje terceiro domingo do tempo comum

Mateus fala no texto: Luz que vem iluminar e apontar o caminho.

João está preso porque falou das injustiças.

Vai para a Galiléia porque Cafarnaum é o seu territorio que era tempo da escuridão, área de porto saqueada as suas belezas, comparadas a nossa Amazônia que é diariamente saqueada.

Jesus é a Luz que ilumina e aponta o caminho e nos dá a direção, nos envolve  e nos torna melhor.

Jesus dizia a seu povo, eu sou o enviado do Pai, ele vos ama e vocês não estão sozinhos, e faz uma proposta: vocês devem se converter: novos modos de pensar e agir. Abrir espaços para que Cristo habite em todos. Esse é o verdadeiro sentido que ele diz estar aqui.

O Papa declara hoje o dia da Palavra: a palavra tem conversão é uma associação entre a boca e as mãos. Isto tem que ser feito todos os dias, carregar as palavras de Deus, deixar ela penetrar como uma carta de amor que a gente lê e relê e não cansamos de ler e ela entra na nossa vida.

Devemos tratar a Palavra com compaixão, misericórdia, solidariedade, perdão…

Caminhar sempre em missão.

Dentro deste espaço de escuridão devemos deixar a luz dele entrar na nossa escuridão para ele iluminar, para dizer muda de comportamento e deixar-se moldar pelas palavras…

Ele não chama os doutores, os letrados.  Ele chama os pescadores e convida e diz segue-me e eles deixam tudo e seguram.

Nós somos atraídos por Ele. Evangelizar não é moralismo ou cabresto. É testemunhar e seguir o caminho, é contar nosso segredo e dizer quem é Ele pelo nosso modo de viver e fazer.

Não viemos aqui hoje por hábito, mas por necessidade, para ele fazer parte das nossas vidas nos alimentar, nós pertencemos a ele.

Na beleza em abrir janelas somos a expansão, atraídos por este amor e por este amor realizamos.

Não podemos acostumar com as coisas de Deus, devemos deixar que ele nos surpreenda.

Paulo diz: a unidade em Cristo. Agregar e congregar, sair de si esta é a Igreja de saída.

Somos chamados a fazer saída e ir atrás cuidando com o que podemos fazer de missão, chamados a ser a presença e luz porque somos instrumentos dele, porque ele é nosso Espirito Santo.

Todos os dias devemos dizer: vamos seguir a Luz, e ele se torna nosso alimento.

Vamos carregar na bolsa o livro dos quatro Evangelhos!

(Por Vânia Dozza Pedrozo)

Homilia de Padre Vilson Groh (7/12/2019)

O encontro é com Ele: o amigo dos amigos e amigo dos encontros...

Homenagem a Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Rejubilamo-nos no Senhor com Maria. Maria da Justiça e Salvação.

Sábado e domingos são de encontros da gratuidade, quem é grato é porque é agradecido.

No amor ao Cristo queremos preparar nosso coração para o tempo do Natal. E dizer o quanto agradecemos as graças recebidas, e pedir perdão também pelos momentos não bem vividos.

Nosso compromisso para o Natal é redescobrir o rosto amado de Deus.

Caminhar é fazer o caminho, é repassar as pegadas, deixar-se ser despertado pelo coração de Deus.

Ele é o caminho e está ao nosso lado. Deixemos-nos surpreender pelo Espírito Santo.

“Vigiai é viver bem a cada encontro”.

Maria foi a escolhida e diz logo que quer saber como será o processo. E logo entendeu, e disse sim.

O encontro é a relação de pessoas, olho no olho, relação de reconhecimento.

Na Bíblia, as historias de Jesus são de encontros. E hoje neste final de tarde tão bonito que viemos aqui também para nos encontrar, deixemo-nos ser encontrados, diante de Deus.

O encontro é uma relação profunda de estar junto.

A amizade pais e filhos que nasce de encontros. E o filho diz pai me ajuda a olhar mais longe.

Este encontro com ele é místico, o toque mais profundo no abraço, nos dando sentido e significado para nossas vidas.

Porque ele habita em nós.

E para a próxima semana  teremos mais encontros, com a família, amigos, colegas e acasos, que nem sempre têm uma dimensão profunda disso.

Aí, sim é que devemos fazer deles um encontro de qualidade, onde eu possa deixar um pouco de mim.

O Papa diz que é para recuperar a beleza do encontro.

Pisar com o pé e reconhecê-lo na trilha do caminho para dar mais um passo e ver quantos encontros fizemos e com qualidade.

Vejam o encontro de Maria, ela escuta, reflete e diz sim, deixando o Espirito Santo agir, também com a gente que devemos suscitar o Espirito Santo em nós.

Os encontros favorecem os diálogos com quem pensa diferente  da gente, as  ideias e o corpo a corpo na forma de cuidado no amor.

Penso em nossa cidade, nas pontes, nas redes que construímos e nas ligações dos encontros…

Se faz necessário abrir-se e acolher com toda nossa dimensão de vida a nossa realidade.

Que o Pai nos ajude em nossos encontros a recuperar a beleza do momento, a exemplo de Maria e Paulo.

Olhemos a dimensão bonita para esta semana. Olhar com olhos do amor. Porque novamente nos coloca a serviço.

Maria Nossa Senhora é a escolhida por Deus, mulher correspondida por Deus. Não guardou o amor para ela, simplesmente nos deu seu Filho Jesus.

E o encontro é partilhar amor em gestos concretos.  

(Por Vania Dozza Pedrozo)