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terça-feira, 28 de agosto de 2018


Homilia Padre Vilson Groh (26/8/2018)

Nos nutrimos da Palavra e do Pão que Jesus
nos oferece, alimentos de vida eterna

Jesus pergunta: “Por que vieram?”.
E completou: “Quem come deste pão, viverá eternamente”.
E os apóstolos perguntaram: “A quem iremos, pois só Você tem palavras de vida eterna?”.

As palavras de Jesus nos põem em movimento, nos dão direção e perspectiva e nos enviam a quem necessita. O Espírito anuncia a esperança, dá força interior e coragem.
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Nos faz ser farol na vida do próximo. Viemos para entender e vivenciar o mistério. Ele é o único Senhor. Sendo farol, nos colocamos ao serviço do outro e em nome Dele,  fazemos a esperança acontecer.
Não podemos abrir mão de ser farol. Reconhecer o outro, e ver Cristo nele.

Precisamos unir as pontes, para não perder os sonhos e poder realimentá-los.
Sonhar é ter horizonte, e fazer o caminho é ser semente.
É ir ao encontro do outro e tocar seu coração.

Jesus nos convidou para a missão. Nossos passos, gestos e caminho devem ser os Dele.
Peçamos que Ele nos ensine a olhar e a acolher o outro, a retomar o caminho da missão com a família, com os vizinhos e com a cidade, através da construção de pontes de solidariedade.
E lembrar, sempre: “Só Tu tens palavras de vida eterna”.

(Confira o Evangelho do domingo, neste link: goo.gl/6biy4d)

terça-feira, 21 de agosto de 2018


Homilia Padre Vilson Groh (19/8/2018)

Nossa Senhora vive a plenitude da salvação!

Quando eu estudava me lembro de que havia uma irmã que trabalhava escondida na padaria e que gostava de comentar sobre este texto. Dizia que quando duas mulheres se encontram imbuídas pelo mesmo mistério, elas juntam suas forças.
Maria é a mulher imersa neste mistério. Ela vive, acolhe e entra no mistério.

Temos pouca experiência do encontro: não tem antes e nem depois. É simplesmente o encontro. Antes da luminosidade do mistério, só tem eu e tu. E diante desta luz, só tem tu.

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“E o filho nasceu e se fez carne da carne, vida da vida, que uma mulher aceitou o mistério”.
Só se apalpa o mistério quando se dialoga com ele. Só nos encontramos quando nossa alma é tocada e conquistada. 

Paulo diz que ele foi conquistado pelo mistério. “O mistério não é uma coisa de outro mundo, é simplesmente a vontade de deixar-se ser amado por este amor escandaloso de Jesus”.
Quando a pessoa deixa-se ser tocada ela se torna ouvinte do mistério. E isso aconteceu com Maria. Ela é a pessoa mais ouvinte de Jesus, é ouvinte da palavra. Nasce dentro de Maria um mistério.

Waldorf conta: “Levei o menino para ver o mar. Diante do mistério do mar o menino emudeceu, e depois de um tempinho disse: ajuda-me a olhar...”
Que beleza é este infinito que enche os olhos do coração e não consigo explicar. São como as narrativas de Jesus, todas de encontro. A vida é um encontro.
Deus nos dá trégua quando descobrimos o mistério.
O Papa lê a bíblia todos os dias pela manhã, das 4h às 7h. “Às vezes Jesus me diz tantas coisas e outras, ele não me diz nada”.
Mas o tempo é marcado para o tempo com ele, para nascer dentro de nós a gratuidade e nos fazer abraçar o mistério do amor de uma pessoa a outra.

E quando se entra neste mistério não se pode mais voltar.
Não guarda pra si, divide com sintonia a sua dimensão para se confrontar com a experiência. Por isso, a importância de um grupo para partilhar os gestos. O mistério não precisa de palavras, mas de gestos. 

O Papa diz que o avanço do Cristianismo não é por dimensão moralista. É pela capacidade de caminhar, sair e ir ao encontro. Partilhar os segredos, que são os gostos. E a Igreja de saída é aquela que sai, que vai ao encontro.
Maria é amor acolhido, Maria é amor correspondido, Maria é amor compartilhado.
Que possamos ser fiel como o coração de Maria
Salve Maria mãe de Deus 
És auxílio do cristão 
Maria clemente e piedosa
Volta pra nós mãe, o teu semblante de amor
A gratuidade já suscita dentro do coração a palavra amor!


(Confira o Evangelho do domingo, neste link: goo.gl/gKewM1)

quinta-feira, 16 de agosto de 2018


Homilia Padre Vilson Groh (11/8/2018)

Temos que atravessar o deserto das nossas vidas

Neste Dia dos Pais viemos buscar Aquele que é o pão do céu, para transformar em pão da terra.

Exercer a paternidade é ter os olhos fixos em São José, pai de Jesus, que realizou uma paternidade extraordinária, com sua presença, testemunho, ternura e a força de guardar a mãe, para tornar Jesus o filho de Deus. 
O Papa diz que São José encaminha os pedidos ao Pai.



Hoje ao meio-dia na praça encontrei uma mulher, ex-moradora de rua, toda orgulhosa por ter gerado seu bebê, peguei a criança no colo para tirar uma foto e a criança segurou em meu dedo. Aí, ela me pediu gás e a ajudamos a comprar. Logo depois, fui atrás do senhor Manuel e me disseram que havia falecido de frio. Fiquei estagnado.

Na primeira leitura Elias se perde no deserto e diz: basta Senhor estou cansado, a vida é dura. E seu anjo a noite lhe disse: levanta-te e anda porque o caminho é largo. Ele ouviu, levantou e andou.
Devemos atravessar o nosso deserto, que é largo. Atravessar o grande deserto de nossas vidas pessoais e coletivas. Essa virtude é um dom que Deus nos deu.

A nossa vida é uma missão e atravessar este deserto, e encontrar os anjos, nem sempre é um sonho: é alguém que precisa da nossa ajuda. Sejamos solidários com as pessoas, neste grande caminho, que é uma aventura.
“Eu sou o pão descido do Céu, sou o único que pode matar a sua fome”. Não percamos o significado da história do caminho.
“Eu dou a minha carne, quem comer terá vida”.
Só tu tens palavras de vida eterna.

A Eucaristia é o alimento que viemos buscar, que sacia a profundidade da nossa fome. Para aprender sobre o mistério da palavra que também alimenta a nossa identidade, precisamos matar esta profunda fome.
O sentido de nossa vida é aprender a nos alimentar.
Do pão que faz o caminho de missão.

Por isso, o apóstolo Paulo diz: que a preguiça não deixe a tua vida cair no pueril.