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quinta-feira, 30 de março de 2017

Papa no Angelus

Viver como filhos da luz e caminhar na luz (26/3/2017)

A cura do cego de nascença, narrada pelo Evangelho de João, proposto pela Liturgia do dia, inspirou a alocução do Papa – que precede a oração do Angelus -  neste IV Domingo da Quaresma.
“Com este milagre Jesus se manifesta e se manifesta a nós como luz do mundo” e que acolhendo novamente nesta Quaresma a luz da fé, “também nós, a partir da nossa pobreza”, sejamos “portadores de um raio da luz de Cristo”, disse Francisco, dirigindo-se aos milhares de fieis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

“O cego de nascença – explicou o Santo Padre -  representa cada um de nós que fomos criados para conhecer Deus, mas por causa do pecado somos como cegos, temos necessidade de uma nova luz, a da fé, que Jesus nos deu”.
Aquele cego do Evangelho, ao readquirir a visão, “abre-se ao mistério de Cristo”, disse o Pontífice, que explicou:
“Este episódio nos induz a refletir sobre nossa fé em Cristo, o Filho de Deus, e ao mesmo tempo refere-se também ao Batismo, que é o primeiro Sacramento da fé: o Sacramento que nos faz “vir à luz”, mediante o renascimento da água e do Espírito Santo; assim como acontece ao cego de nascença, ao qual se abrem os olhos após ter sido lavado na água da piscina de Siloé”.

“O cego de nascença curado – completou Francisco -  nos representa quando não nos damos conta que Jesus é a luz, “a luz do mundo”, quando olhamos para outros lugares, quando preferimos confiar nas pequenas luzes, quando tateamos no escuro”:
“O fato de que aquele cego não tenha um nome, nos ajuda a refletir com o nosso rosto e o nosso nome na sua história. Também nós fomos “iluminados” por Cristo no Batismo, e portanto somos chamados a comporta-nos como filhos da luz.
E comportar-se como filhos da luz exige uma mudança radical de mentalidade, uma capacidade de julgar homens e coisas segundo uma outra escala de valores, que vem de Deus. O Sacramento do Batismo, de fato, exige a escolha firme e decidida de viver como filhos da luz e caminhar na luz”.

Mas, o que significa “ter a verdadeira luz, caminhar na luz?”:
“Significa, antes de tudo, abandonar as falsas luzes: a luz fria e fátua do preconceito contra os outros, porque o preconceito distorce a realidade e nos enche de aversão contra aqueles que julgamos sem misericórdia e condenamos sem apelo.
Isto é pão de todo dia! Quando se fala mal dos outros, não se caminha na luz, se caminha na sombra”.

E Francisco completa:
Outra luz falsa, porque sedutora e ambígua, é aquela do interesse pessoal: se valorizamos homens e coisas baseados em critérios de nossa utilidade, do nosso prazer, do nosso prestígio, não realizamos a verdade nos relacionamentos e nas situações. Se vamos por este caminho do buscar somente o interesse pessoal, caminhamos nas sombras”.

O Papa concluiu, pedindo que a Virgem Santa obtenha para nós “a graça de acolher novamente nesta Quaresma a luz da fé, redescobrindo o dom inestimável do Batismo, que todos nós recebemos. E esta nova iluminação nos transforme nas atitudes e nas ações, para sermos também nós, a partir da nossa pobreza, portadores de um raio da luz de Cristo”.

(Fonte Rádio Vaticano)

Homilia Padre Vilson Groh (26/3/2017)

Quais são as cegueiras que devemos deixar cair? 

O Evangelho desta semana nos convida a viver a alegria, conduzidos por Jesus.
Ele cura nossa cegueira e nos permite ver as realidades do mundo com os olhos da fé. Jesus nos estimula e caminha conosco.

Devemos refletir:
Quais são nossas cegueiras? O que precisamos deixar cair para melhor enxergar Jesus e sossegar nosso coração?

Jesus é nosso amigo, Ele nos conhece e nos convida para segui-lo e retomar o caminho. Devemos ser gratos por isto, sem medo de segui-lo.
Isto é um processo de fé. Atrás de cada um está o rosto de Jesus. Encontrar Jesus é encontrar o próximo, não podemos perdê-lo de vista.

Podemos desenvolver atitudes de gestos simples para erguer o outro.
Seguir Jesus implica em gestos e atitudes. Ele olha com o coração.

Devemos ter olhos para a realidade, criando pontes e buscando oportunidades.
Jesus nos convida a levantar (sair da zona de conforto) e andar, ir ao encontro Dele e do próximo e a jogar fora nossas cegueiras.
Um caminho para libertar o coração é colocar o passado na misericórdia de Deus e viver bem cada momento.

Quero ser voluntário


- A Capela está organizando as diversas pastorais e precisa de voluntários que possam dedicar um pouco do seu tempo para ajudar o próximo. Interessados devem informar nome e contato na secretaria da capela antes ou depois das missas.

Grupos (viúvas e casais)

- Grupo de casais: informações pelo telefone 99983-4546 (com Jairo).


- Grupo de viúvas: reuniões na última quarta feira de cada mês. Informações pelo telefone 99640-6984 (com Anita).

Atendimento externo

- Visita a doentes: interessados devem informar nome e contato na secretaria da capela antes ou depois das missas.


- Leitura para cegos: interessados devem informar nome e contato na secretaria da capela antes ou depois das missas.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Devemos ir ao encontro do outro (19/3/2017)

O Evangelho desta semana (São João 4, 5-42) nos fala do encontro de Jesus com a mulher no poço de água. Jesus se permite ser ajudado, ele pediu agua. 
Nesse encontro Ele recupera a mulher através do caminho do amor. Ele a faz sentir resgatada, amada, acolhida e devolve a sua dignidade.

Pensando em nossa vida, ela também é feita de encontros. Não podemos fugir deles e devemos nos permitir ser encontrados por Jesus.
É preciso se amar e descobrir o caminho do amor que está dentro de nós mesmos. Beber a água do poço é alimentar a esperança. E a esperança não nos decepciona.

Devemos rever relações e não perder encontros. Devemos estimular os gestos de encontro com o outro,  pois o outro se sente amado através de nossos gestos.
Vamos pedir a seguinte graça: "Eu quero ser encontrado, quero dar mais um passo, quero sair, caminhar e ir ao encontro do outro".

segunda-feira, 20 de março de 2017

África: projeto de apoio educacional em Guiné-Bissau

Para atendimento de uma criança por um ano a contribuição é de R$ 300.

O Instituto Padre Vilson Groh apoia a educação na região de Empada, sul de Guiné-Bissau, no continente africano. O projeto é possível graças a articulação de uma rede de doadores voluntários que acreditam na educação como ferramenta para o desenvolvimento de uma nação.

O projeto iniciou com o apoio ao Liceu Dom Settímio Arturo Ferrazeta, na Vila de Empada. Já no segundo ano, percebeu-se a necessidade de expandir o apoio às escolas das tabancas do interior. Assim, a partir de 2015, estendeu-se o apoio para uma rede de pequenas escolas a fim de garantir condições de trabalho aos professores e aprendizado aos alunos.


O projeto tem como objetivo estruturar condições para o desenvolvimento da região de Empada, sobretudo pela educação. Através de bolsas de estudo, kits com materiais escolares, alimentação no período de estudo e colônia de férias, pretende ampliar as oportunidades para as crianças e adolescentes da região.

O tipo de apoio depende das condições socioeconômicas da família, bem como das demandas de cada escola. Esse diagnóstico é realizado pelo pároco local, Padre Maio da Silva, juntamente com representantes das Tabancas. Ao todo, são beneficiadas 1.224 crianças e adolescentes.  É comum que a mesma criança receba diferentes tipos de apoio.

Doações para o projeto:
Banco do Brasil
Agência: 3420-7
Conta Corrente: 268589-2
CNPJ: 29.222.231/0001-21

Doação sugerida de R$ 300 por ano



Batismos

- No segundo domingo de cada mês, às 11h.
- Necessário fazer curso de pais e padrinhos.

Cursos

- Sacramentos para adultos (batismo, eucaristia e crisma): são três encontros na Capela, com catequistas especializadas em adultos. Interessados devem informar nome e contato na secretaria da capela antes ou depois das missas.

- Formação bíblica: aberto ao público em geral. Encontros às terças-feiras, às 19h30min.
(Em abril, dias 11 e 25. Em maio, dias 9 e 23).

A bússola do cristão

(Publicado no L'Osservatore Romano, de 9 de março de 2017)

A «bússola do cristão é seguir Cristo crucificado»: não um falso Deus «desencarnado e abstrato», mas que se fez carne e que traz sobre si «as chagas dos nossos irmãos». Foi um forte apelo à conversão e à concretude a sugestão do Papa Francisco para a Quaresma, proposto na meditação.
«A palavra, a exortação da Igreja precisamente no início da Quaresma é “convertei-vos”» e «já o dissemos antes do Evangelho: «Convertei-vos, diz o Senhor”» realçou imediatamente Francisco, citando o trecho do Evangelho, tirado de Mateus (4, 17). Assim «hoje — explicou — a liturgia da palavra faz-nos refletir sobre três realidades que devemos ter presente para esta conversão: a realidade do homem — a realidade da vida — a realidade de Deus e a realidade do caminho». Estas «são realidades da experiência humana, as três, mas que a Igreja, e também nós, temos à nossa frente para esta conversão».
Portanto, a primeira é «a realidade do homem: estás diante de uma escolha» afirmou Francisco referindo-se ao trecho do Deuteronómio (30, 15-20) proposto pela liturgia: «Olha que hoje ponho diante de ti a vida com o bem, e a morte com o mal (…)». Nós homens estamos diante desta realidade: ou é bem ou é mal. «Se, porém, o teu coração se afastar, se não obedeceres e se te deixares seduzir para te prostrares diante de outros deuses» seguirás o caminho do mal. E «isto — explicou o Papa — percebemo-lo na nossa vida: podemos escolher sempre o bem ou o mal, existe a realidade humana da liberdade. Deus fez-nos livres, a escolha é nossa». Mas o Senhor «não nos deixa sozinhos, ensina-nos, admoesta-nos: cuidado, existe o bem e o mal; adorar a Deus, cumprir os mandamentos é o caminho do bem; ir para o outro lado, pelo caminho dos ídolos, dos falsos deuses — muitos falsos deuses — que fazem errar a vida». E «esta é uma realidade: a realidade do homem é que todos nós estamos diante do bem e do mal».
Além disso, prosseguiu o Pontífice, «existe outra realidade, a segunda realidade forte: a de Deus». Sim, afirmou, «Deus existe, mas como existe, Deus? Deus fez-se Cristo: esta é a realidade e para os discípulos era difícil compreender isto». A este propósito Francisco repropôs o trecho evangélico hodierno de Lucas (9, 22-25): «Jesus disse aos discípulos: “É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia”». Assim «Deus assumiu toda a realidade humana, exceto o pecado: não há Deus sem Cristo, um Deus sem Cristo, “desencarnado”, é um Deus não real». Com efeito, explicou o Papa, «a realidade de Deus é Deus que se fez Cristo por nós, para nos salvar, e quando nos afastamos disto, desta realidade e da cruz de Cristo, da verdade das chagas do Senhor, afastamos-nos também do amor, da caridade de Deus, da salvação e avançamos por um caminho ideológico de Deus, distante: não foi Deus que veio ter connosco e se fez próximo para nos salvar e morreu por nós».
«Esta é a realidade de Deus, insistiu Francisco. Deus que se revelou em Cristo: não há um Deus sem Cristo». A este propósito, confidenciou, «recordo um diálogo de um escritor francês do século passado, entre um agnóstico e um crente. O agnóstico de boa vontade perguntava ao crente: “Mas, como posso... para mim, o problema é como Cristo possa ser Deus: não compreendo isto, como Cristo possa ser Deus”? E o crente respondeu: “Para mim isto não é um problema, o problema teria sido se Deus não se tivesse feito Cristo”».
Por conseguinte, realçou o Pontífice, «esta é a realidade de Deus: Deus feito Cristo, Deus feito carne e este é o fundamento das obras de misericórdia», porque «as chagas dos nossos irmãos são as chagas de Cristo, são as chagas de Deus, porque Deus se fez Cristo». E, advertiu Francisco, «não podemos viver a Quaresma sem esta segunda realidade: devemos converter-nos não a um Deus abstrato, mas ao Deus concreto que se fez Cristo».
Eis, então, «a realidade do homem — estamos diante do bem e do mal — a realidade de Deus — Deus fez-se Cristo — e a terceira realidade humana: a do caminho». A pergunta é «como avançamos, qual caminho vamos percorrer?». O Papa repropôs a força das palavras de Jesus: «Se alguém me quiser seguir, renegue-se a si mesmo, carregue a sua cruz todos os dias e siga-me». Porque «a realidade do caminho é a de Cristo: seguir Cristo, fazer a vontade do Pai, como Ele, carregar a cruz todos os dias e renegar-se a si mesmo para seguir Cristo». Isto significa «não fazer o que quero, mas aquilo que Jesus quer, seguir Jesus». E Ele diz «que neste caminho perdemos a vida para a ganhar depois; é um perder a vida constantemente, perder a possibilidade de fazer o que quero, perder a comodidade, e estar sempre no caminho de Jesus que estava ao serviço dos outros, da adoração de Deus: esta é a estrada certa».
Portanto, «três realidades»: «A realidade humana, do homem, da vida, do homem diante do bem e do mal; a realidade de Deus: Deus fez-se Cristo e não podemos adorar um Deus que não seja Cristo, porque esta é a realidade». E também «a realidade do caminho: o único certo é seguir Cristo crucificado, o escândalo da Cruz». E «estas três realidades humanas são a bússola do cristão, com estes três sinais, que são realidades, não vamos errar o caminho». Daqui também a sugestão no início da Quaresma: «“Convertei-vos” diz o Senhor, ou seja, levai a sério estas realidades da experiência humana: a realidade da vida, a realidade de Deus e a realidade do caminho».

Mensagem semanal do Papa Francisco

Desejo agradecer-te o bem que quiseste fazer-nos e o bem que nos fizestes.
Antes de tudo, o teu mostrar-te como és, natural, sem “cara de santinho”. Natural. Sem artifícios. Com toda a bagagem da tua vida: os estudos, as publicações, os amigos, os pais, os jovens frades dos quais te deves ocupar... Tudo, tudo. Obrigado por seres “normal”.
Depois, segundo, quero agradecer-te o trabalho que fizeste, como te preparaste. Isto significa responsabilidade, levar as coisas a sério. E obrigado por tudo o que nos deste. É verdade: há uma quantidade de coisas para meditar, mas Santo Inácio diz que quando alguém encontra nos Exercícios um aspeto que dá alívio à desolação, deve ficar por ali e não ir em frente. Certamente, cada um de nós encontrou um ou dois, entre todos eles. E o resto não é desperdício, permanece, servirá para outra ocasião. E talvez as coisas mais importantes, mais fortes, podem não significar nada para alguém, ou talvez uma palavrinha, uma [pequena] coisa diga mais... Como aquele gracejo do grande pregador espanhol que, no final de uma ótima pregação bem preparada, aproxima-se dele um homem — grande pecador público — em lágrimas, pedindo a confissão; confessou-se, muitos pecados e lágrimas, pecados e lágrimas. O confessor, assustado — porque conhecia a vida deste homem — perguntou: “Mas, diga-me, em que momento sentiu o senhor que Deus lhe tocava o coração? Com que palavra?...” — “Quando o senhor disse: Passemos a outro assunto”. [ri, riem] Por vezes, as palavras mais simples são as que nos ajudam, ou as mais complicadas: a cada um, o Senhor dá a palavra [justa].

Horário de missas

Durante a pandemia as missas são somente aos domingos, às 18h