Homilia Padre Vilson Groh (18/3/2018)
Quem guarda a vida para si,
Quem guarda a vida para si,
não descobre a beleza da vida
O Papa Francisco cita o evangelista
Matheus: “A maldade se espalhará tanto que o amor esfriará. Mas quem preservar
até o fim será salvo”.
No texto de João, neste domingo, dois
grandes momentos: Jesus encerra sua vida pública, mostrando seu modo de ser,
como agir com as pessoas e apresenta suas benfeitorias.
E João estava sendo preparado para a hora
do martírio, da crucificação.
Jesus disse: “Se o grão de trigo não cai na
terra, não morrerá e não dará frutos”. Logo, quem quer guardar a vida para si -
quem não se doa, não se disponibiliza -, não descobre a beleza da vida e não dá
sentido à vida.
E esta abertura também é para Deus. “O
mistério consiste que vocês são meus discípulos. Aí, eu me reconheço!”
Quem quiser servi-lo, siga-o. Abrace a sua
existência - no contexto de nossa educação familiar, em nossa sociedade, em
nossos posicionamentos.
Assim, encontrará todo o seu viver,
reacendendo o fogo do amor e recuperando o sentido da vida.
Viktor Frankl, no campo de concentração,
escreveu que os judeus roubaram batatas do almoxarifado e fizeram um pacto de
não dizer nada. E os generais tiraram-lhes a comida por dois dias.
Viktor ficou destroçado, fatigado e disse
que veio de dentro de suas entranhas uma força que o colocou de pé e
apropriou-se daquela força. Por isso, pediu para que todos ficassem de pé.
O Papa diz que o amor das entranhas do
Senhor é o amor da misericórdia.
Jesus também amava com compaixão, com o
amor das entranhas: amor que abraça, amor que renasce.
Ele diz que não tenhamos medo. É para
segui-lo: pela Eucaristia, oração, no dia a dia, no olhar de compaixão para as
pessoas, no abraço, nos pequenos gestos de amor, vivendo de forma
extraordinária no ordinário.
“Fazei isto em memória de mim”. Eis o
mistério da Fé. “Vinde a mim todos os que estão cansados que vos aliviarei”.
(Confira o Evangelho do domingo, neste
link: goo.gl/hYof2q)
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