Desejo agradecer-te o bem que quiseste fazer-nos e o bem que nos fizestes.
Antes de tudo, o teu mostrar-te como és, natural, sem “cara de
santinho”. Natural. Sem artifícios. Com toda a bagagem da tua vida: os
estudos, as publicações, os amigos, os pais, os jovens frades dos quais
te deves ocupar... Tudo, tudo. Obrigado por seres “normal”.
Depois, segundo, quero agradecer-te o trabalho que fizeste, como te
preparaste. Isto significa responsabilidade, levar as coisas a sério. E
obrigado por tudo o que nos deste. É verdade: há uma quantidade de
coisas para meditar, mas Santo Inácio diz que quando alguém encontra nos
Exercícios um aspeto que dá alívio à desolação, deve ficar por ali e
não ir em frente. Certamente, cada um de nós encontrou um ou dois, entre
todos eles. E o resto não é desperdício, permanece, servirá para outra
ocasião. E talvez as coisas mais importantes, mais fortes, podem não
significar nada para alguém, ou talvez uma palavrinha, uma [pequena]
coisa diga mais... Como aquele gracejo do grande pregador espanhol que,
no final de uma ótima pregação bem preparada, aproxima-se dele um homem —
grande pecador público — em lágrimas, pedindo a confissão;
confessou-se, muitos pecados e lágrimas, pecados e lágrimas. O
confessor, assustado — porque conhecia a vida deste homem — perguntou:
“Mas, diga-me, em que momento sentiu o senhor que Deus lhe tocava o
coração? Com que palavra?...” — “Quando o senhor disse: Passemos a outro
assunto”. [ri, riem] Por vezes, as palavras mais simples são as que nos
ajudam, ou as mais complicadas: a cada um, o Senhor dá a palavra
[justa].
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