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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Reflexão do Pe. Vilson Groh

Como os discípulos de Emáus, 
devemos propiciar o “sermos encontrados”

Os discípulos de Emáus tiveram certa resistência para entender o processo do Ressuscitado e compreender a Ressurreição.

A primeira comunidade cristã teve, realmente, muita dificuldade, de entender a luz do Ressuscitado e assimilar a presença d’Ele.

Por isso, o primeiro ponto desta reflexão é que a gente tem que se deixar “ser encontrado” por Ele, por esse grande mistério.
E a partir daí, desencadear o processo, o caminho.

Quando os discípulos não colocaram resistência ao mestre, deixaram-se “ser encontrados” por Ele, e o convidaram para entrar em casa.
Disseram: “Fica conosco, já é tarde”. E a partir desse momento fizeram o processo de caminho. E quando Ele partilha o pão, os olhos se abriram e disseram: “É o Senhor!”.

Participar ativamente dos processos sociais é uma forma de ser presença de partilha.
Quando somos capazes de pisar na realidade sofrida e injustiçada, sem naturalizar a injustiça social, seremos capazes de partilhar o bem-comum e torná-lo um bem de acesso, de direito, para todos.

Por isso, romper com o processo de indiferença e olhar o outro como uma presença d’Ele requer de nós superar a resistência.
Porque se colocamos resistência não conseguimos ver a beleza do outro.
Não descobrimos o mistério das coisas que a vida nos proporciona.

Caminhar com Ele é abrir-se a essa realidade. É recriar, renovar, renascer.
É olhar sempre esses nossos projetos sociais, nossos trabalhos, com olhos novos.
É romper com os vícios e as velhas práticas e se renovar constantemente a partir desse relacionamento.

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