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terça-feira, 21 de agosto de 2018


Homilia Padre Vilson Groh (19/8/2018)

Nossa Senhora vive a plenitude da salvação!

Quando eu estudava me lembro de que havia uma irmã que trabalhava escondida na padaria e que gostava de comentar sobre este texto. Dizia que quando duas mulheres se encontram imbuídas pelo mesmo mistério, elas juntam suas forças.
Maria é a mulher imersa neste mistério. Ela vive, acolhe e entra no mistério.

Temos pouca experiência do encontro: não tem antes e nem depois. É simplesmente o encontro. Antes da luminosidade do mistério, só tem eu e tu. E diante desta luz, só tem tu.

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“E o filho nasceu e se fez carne da carne, vida da vida, que uma mulher aceitou o mistério”.
Só se apalpa o mistério quando se dialoga com ele. Só nos encontramos quando nossa alma é tocada e conquistada. 

Paulo diz que ele foi conquistado pelo mistério. “O mistério não é uma coisa de outro mundo, é simplesmente a vontade de deixar-se ser amado por este amor escandaloso de Jesus”.
Quando a pessoa deixa-se ser tocada ela se torna ouvinte do mistério. E isso aconteceu com Maria. Ela é a pessoa mais ouvinte de Jesus, é ouvinte da palavra. Nasce dentro de Maria um mistério.

Waldorf conta: “Levei o menino para ver o mar. Diante do mistério do mar o menino emudeceu, e depois de um tempinho disse: ajuda-me a olhar...”
Que beleza é este infinito que enche os olhos do coração e não consigo explicar. São como as narrativas de Jesus, todas de encontro. A vida é um encontro.
Deus nos dá trégua quando descobrimos o mistério.
O Papa lê a bíblia todos os dias pela manhã, das 4h às 7h. “Às vezes Jesus me diz tantas coisas e outras, ele não me diz nada”.
Mas o tempo é marcado para o tempo com ele, para nascer dentro de nós a gratuidade e nos fazer abraçar o mistério do amor de uma pessoa a outra.

E quando se entra neste mistério não se pode mais voltar.
Não guarda pra si, divide com sintonia a sua dimensão para se confrontar com a experiência. Por isso, a importância de um grupo para partilhar os gestos. O mistério não precisa de palavras, mas de gestos. 

O Papa diz que o avanço do Cristianismo não é por dimensão moralista. É pela capacidade de caminhar, sair e ir ao encontro. Partilhar os segredos, que são os gostos. E a Igreja de saída é aquela que sai, que vai ao encontro.
Maria é amor acolhido, Maria é amor correspondido, Maria é amor compartilhado.
Que possamos ser fiel como o coração de Maria
Salve Maria mãe de Deus 
És auxílio do cristão 
Maria clemente e piedosa
Volta pra nós mãe, o teu semblante de amor
A gratuidade já suscita dentro do coração a palavra amor!


(Confira o Evangelho do domingo, neste link: goo.gl/gKewM1)

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